sexta-feira, 30 de maio de 2008

EU? Ah, eu sou assim...


A minha apresentação fica por conta de uma situação que eu vivo há exatamente 21 anos. Ou seja, desde que esta deusa aqui nasceu. Eu explico: cresci ouvindo a história de que meus pais se casaram por uma grande paixão e nada iria separá-los e blá blá blá pônei lilás. Só que a gata aqui sabe que minha mãe casou grávida. Sim, buemba!, buemba! Minha mãe não é exatamente uma pessoa carinhosa e sensata. Ela já deixou de me das parabéns nos meus 18 anos pq acordou azeda. Já me humilhou à toa (e isso acontece pelo menos dia sim e dia não); já me ofendeu com nomes que não se falaria a um filho e faz exatamente o contrário com a minha irmã. É mais ou menos assim, se eu bebo um gole de pinga eu sou a cachaceira. Se minha irmã bebe, ela é a garota responsável que sabe beber, ai que linda, bebê fofo da mamãe!
E acho que toda esta diferença vem lá da barriga dela. É que ela sempre deixou claro que eu acabei com a vida dela, mesmo sem explicar o pq. Sempre fui cobrada como se eu devesse algo pra ela. Destrui a vida da minha mãe e nem tive a menor culpa. Hoje o sentimento que eu tenho dela é de uma pessoa desequilibrada, que não pode me ver feliz. Eu tenho medo de ostentar um sorriso na minha casa pq a qualquer hora ela pode se estressar com este mesmo sorriso, ligar pro meu pai e dizer que eu sou malcriada, que sou uma leviana e que estou de castigo. Sim, pasmem. Minha vida segue deste forma há 21 anos.
Você se imagina gastando r$ 100 nos dias das mães para sua mãe pegar o presente, torcer o nariz, falar "só isso" e virar as costas? Engraçado...
Aprender a sexualidade sozinha, a escolha da profissão, a cozinhar, a passar roupa... Meu Deus, pequenas coisas me fariam tão diferente.
Pior de tudo é que ela, quando estamos em família, finge ser oq não é. Vem, abraça, pede pra ir junto ao balcão pegar salgados e tudo mais. Antes eu caia, acompanhava, afinal de contas era minha chance de uma pequena demonstração de afeto daquela que me pariu. Lamentável.
Hoje eu digo com a maior dor no peito que eu já não tenho sentimento de uma filha por uma mãe. Não tenho mais medo de magoá-la e, sim, se pra ela isso é ser egoísta, eu sou. Penso em mim e na minha vida, já que nem com meu pai eu posso contar. Ele não entende pelo que passo e todas as vezes que tentei conversar e desabafar eu virei a fraca, a filha dele que tem frescuras. Diálogo nunca foi o forte da minha casa. Educação aqui é ter comida na mesa e pagar colégio. Isso é ser um bom pai. Quantas vezes não ouvi que "você vai ter tudo oq eu não tive". Dispenso, obrigada.
E é por isso que eu me apego tanto aos meus amigos e ao meu amor. Pq não tem nada mais gostoso do que poder amar alguém. Mãe, de todos os carinhos que você me nega, o que mais me dói é aquele que não posso te dar. Mas obrigada. Hoje eu sei o valor de uma amizade e de um companheiro. Você, enfim, ainda me deu algo de bom.

Quem sou eu?
Alguém que sabe ser feliz hoje. Mas que ainda tem o peso desta relação nas costas.

domingo, 18 de maio de 2008

Minha apresentação


Certo dia me peguei pensando no que responderia caso me perguntassem quem sou eu. Então, tentei definir-me brevemente: ”Se defina em uma frase!”; e eu responderia: “de quantas laudas?”... Não é possível realizar essa solicitação.

Pensando nisso, preparei algumas laudas de apresentação para o primeiro post deste que promete ser o assunto dos clubinhos masculinos, orkuts e daquelas que sonham em falar o que lerão aqui...

Mantenha a dúvida!

Nascida e criada em São Paulo, eu me acho a verdadeira menina-mulher; aquela que se comporta como uma verdadeira mulher entre as 6h e às 18h, e que até às 6h do próximo dia não sabe o que é e o que deve ser; oscilo dos 5 aos 50 anos em questão de segundos. E porque dos 5 e não dos 8, e não 50 e não 80? Porque a esperteza de uma criança de 8 é muita para o meu lado infantil; e os 80 chegam tão próximos dos 5 que a maturidade se torna infantilidade. – deu pra entender?? ;)

O divertido se torna careta e ultrapassado em questão de dias e o que ontem me fazia feliz hoje já é um pé no saco.

Sou carente e amorosa, talvez ao extremo. Se gosto de você, farei o impossível para te ver sorrindo e não espero nada em troca. Sou alguém que esquece de si para fazer o outro feliz, e isso traz felicidade.

Porém, não aceito que pisem no meu calo. E não me venha dizer que todo ser humano é assim!! Quando sou ferida vou do amor ao ódio, conscientemente, por mais que isso me machuque TAMBÉM. Talvez a minha verdadeira oscilação fique transparente nessas horas! Deixo o lado emocional de lado e passo a pensar com a pior parte do meu racional. Machuco... E, modéstia à parte, faço isso muito bem!! rs

Me adapto fácil às pessoas, lugares e situações, mas isso só acontece se eu quiser e se eu achar que me fará bem. Se isso acontecer, tenha certeza de que não cobrarei nada mais tarde,mas, por favor, reconheça o meu “esforço”! Por outro lado, caso eu sinta que a situação me machucará... Tchau e benção.

Por falar em reconhecer, demorei um pouco, mas aprendi como é bom reconhecer um erro. Hoje, muitos me criticam, por assumir que falhei e me desculpar por isso. Pois saibam que pior do que temer um erro e não assumi-lo é acobertar o que você cometeu e deixar de aprender com isso.

Sou amiga! Mas não espere que eu esteja ao seu lado durante todos os dias do ano, baladas, momentos inesquecíveis da sua vida... Mas, sim, espere que eu esteja quando você mais precisar, e se isso significar “durante todos os dias do ano, baladas, momentos inesquecíveis da sua vida.”... É lá que eu estarei.

Sou um pouco orgulhosa, mas normalmente sou quem dá o braço a torcer. Sou feliz, triste; calma, agitada; paciente (às vezes até demais), estressada; tenho a saúde excelente, mas sofro de gastrite, sinusite, rinite, ...ite, ...ite...ite... Sou a contradição em pessoa. Mas fique tranqüilo (a), eu nunca machucaria você com uma de minhas mudanças de temperamento, decisão, sentimento... pois acima de tudo, eu RESPEITO o ser humano.

Eu sonho... com uma casa, um carro, O homem, os filhos, a família inseparável, as viagens, o negócio...

E, talvez antes de tudo isso... EU AMO! Mesmo que isso me machuque constantemente... EU AMO. A família, os amigos, O homem... EU AMO! E odeio sentir isso.

Para você que leu até aqui fica o meu “muito obrigada, volte sempre”. Esta sou eu, muito prazer.

Entre os “talvez”, você conseguiu me entender? Quer saber qual delas sou eu?

Fica aqui uma dica:
MANTENHA A DÚVIDA!!



Simples. Um blog, quatro mulheres.

Mantenha a Dúvida. Sim, de tudo.
De todos.
Mantenha a suspeita sobre o certo e o errado.
Suspeite de seus atos. Fracassos.
Mantenha a dúvida se o tempo é a favor ou já age contra.
Desconfie dos maiores sorrisos e nunca queira um igual.
Nunca diga nunca, nunca, pra sempre, e sempre.
Sinta-se como uma segunda chance.
Desculpe seus palavrões e grite cada vez mais alto.
Mantanha a dúvida - será que é?
E, Deus!, isso é tão bom.
E quem será que escreveu? Eu?
Ah, mantenha a dúvida, então. Quais palavras são para você?
Quais não são?
E saiba que temos vocês onde queremos que fiquem.
E, Deus!, isso é tão bom.
E temos tanto a dizer à vocês.

Gosto do meu nome na mesma boca que saliva o rancor
Quieto e calado como eu gosto
Vamos ser mais do que imaginam que somos
Vamos ser mais que isso
Jogar o maior jogo de estupidez
Rodar na roda de um minuto
Rock and roll you
Nada se compara a meu desejo
Ele está acima de tudo
de você
porque eu o coloquei lá
Mais do que você
E, Deus!, isso é tão bom.

Eu aposto nas minhas garotas
e elas apostam que vocês fraquejam
Acredito, pois!
Não se compara... não!